domingo, 1 de março de 2009

Oh eu! Oh vida! - Walt Whitman

Oh eu! Oh vida! das perguntas que sobre isso se voltam,
Das infindáveis gerações de infiéis, das cidades cheias de tolos,
Eu mesmo eternamente envergonhado de mim mesmo, (pois quem mais tolo do que eu e mais infiel?)
De olhos que inutilmente desejam a luz, de objetos
insignificantes, da luta sempre renovada,
Dos pobres resultados de tudo, da multidão laboriosa e sórdida que sinto à minha volta,
Anos vazios e invisíveis para os que restam, com o que resta de mim entrelaçados,
A pergunta, oh eu! tão triste, ainda insiste - O que vale a pena por tudo isso,
Oh, eu, oh, vida?

Resposta

Que você está aqui - que a vida e a identidade existem,
Que o poderoso jogo continua, e você pode contribuir com um verso.

Walt Whitman, EUA, 1819-1892

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